A Darknet também é usada para publicar vagas e contratar profissionais de TI e design com o objetivo de ampliar a atuação de hackers

Darknet: Pesquisa revela os profissionais mais buscados por cibercriminosos

Você deve estar pensando: como assim vagas e salários? Pois é, em uma pesquisa inédita desenvolvida pela Digital Footprint Intelligence da Kaspersky foram analisados 200 mil anúncios de emprego entre os anos 2020-2022 na Darknet. Dentre as profissões, desenvolvedores, hackers e designers lideraram a lista de busca dos cibercriminosos.

A equipe da Kaspersky analisou anúncios de emprego e currículos publicados em 155 fóruns da dark web entre janeiro de 2020 e junho de 2022. De acordo com os dados do divulgados na pesquisa, um total de 200 mil anúncios relacionados a empregos foram publicados na dark web durante o período analisado. 

41% dos anúncios foram postados em 2020, com pico de atividade em março. O período coincide com o período da pandemia e também do aumento de ataques sofridos no mundo todo. Com uma quantidade maior de pessoas dentro de casa e trabalhando de forma remota, os cibercriminosos necessitavam de mais “colaboradores”.

Fonte: Kaspersky

Focando apenas na área de T.I., os pesquisadores analisaram mais de 800 anúncios de empregos na Dark Web e selecionaram mais de 160 que comunicavam, explicitamente, um salário. Os níveis médios de remuneração oferecidos aos profissionais de TI variaram entre 1.300 e 4.000 dólares mensais (em torno de R$ 6.500 e R$ 20 mil).

O salário mensal mais alto encontrado foi de 20 mil dólares e era focado em um cargo de desenvolvedor sênior. Ainda de acordo com a pesquisa, alguns anúncios de emprego na Darknet incluíam bônus e

comissões de projetos bem-sucedidos.

Cargos mais procurados na Darknet

Para a crescente demanda que o mercado da Darknet estava enfrentando durante a pandemia, alguns cargos acabaram sendo mais requisitados do que outros.

Os desenvolvedores foram os especialistas mais procurados, representando um total de 61% de todos os anúncios. Dentro dessa profissão, os desenvolvedores web tiveram a maior fatia das vagas, representando 60% desses anúncios. Um desenvolvedor web pode construir páginas de phishing e outros produtos visuais que ajudem a enganar vítimas em potencial.

Também foram bastante procurados os desenvolvedores que codificam malwares. A descrição de trabalho nessas vagas inclui observações como: desenvolvimento de cavalos de Tróia, ransomwares, spywares, backdoors, botnets e outros tipos de malware, juntamente com a criação e modificação de ferramentas de ataque.

Fonte: Kaspersky

Outro especialista bastante procurado na Darknet, segundo a pesquisa, é o profissional de  T.I. que conduz ataques a redes e outros dispositivos. Os “invasores”, como são chamados, ficaram em segundo lugar nos anúncios de emprego, respondendo por 16% do total de ofertas. 

Na descrição das oportunidades, a maioria dos trabalhos estava associada a ações que comprometeriam a infraestrutura de empresas, visando revender informações relevantes para outros hackers no futuro. Os objetivos das ações estão atrelados a possíveis infecções por ransomware, roubo de dados e de dinheiro diretamente de contas. 

Em terceiro lugar aparecem os designers, com 10% dos anúncios. Seu objetivo geralmente é similar ao do desenvolvedor web, criando produtos visuais de phishing, só que evitando que a vítima consiga encontrar alguma diferença entre o site real da organização e o falso.

Outras vagas encontradas nos anúncios analisados pela Kaspersky foram: administradores de T.I., engenheiros reversos, arquitetos, especialistas em suporte, escritores técnicos, moderadores de fórum e até executivos e gerentes de projeto.

Com um mercado tão aquecido, optar pelas melhores soluções de segurança é crucial. Portanto, confie em uma empresa que possua expertise necessária para proteger a sua organização. 

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