Rootkit: o que é, quais são os tipos e como se prevenir

Embora poucas vezes apareçam em grandes manchetes sobre ataques digitais, o rootkit é um dos tipos mais perigosos de malware. Isso porque ele ataca silenciosamente e é peça-chave para dar vida a centenas de ameaças cibernéticas.   O rootkit é quase imperceptível. Ele se infiltra nos computadores e atua silenciosamente para mascarar outras ameaças que estão prestes a fazer um estrago em seu sistema operacional.    Ao tomar conta do sistema, os rootkits permitem que o cibercriminoso tenha livre acesso remoto aos dispositivos afetados, permitindo a instalação de outros malwares e a extração de dados sigilosos.   O que é rootkit?   De acordo com o manual da Bitdefender, a definição de rootkit combina duas palavras: “root” e “putty”. “Root” significa um usuário que tem acesso total e irrestrito ao sistema e “putty” é simplesmente um conjunto de ferramentas, um kit.    Um rootkit evita a detecção de um malware em um sistema infectado, agindo de forma semelhante aos keyloggers, tentando se esconder o mais profundamente possível de programas de antivírus e outras seguranças.    Essa ameaça digital geralmente se comporta como um backdoor, criando portas para os criminosos cibernéticos no sistema da vítima, que podem não apenas instalar componentes adicionais nele, e também remover programas de segurança e proteção.   As ferramentas mais comuns em rootkits são:  
  • Módulos de roubo: Interceptação de senhas, detalhes de cartão de crédito, informações bancárias online e outros;
 
  • Bots para ataques de DDoS: Esses ataques criam falsa sobrecarga de acesso a um sistema, deixando-o indisponível para uso;
 
  • Keyloggers: São mecanismos de captura de teclas digitadas;
 
  • Acesso privilegiado: Funções capazes de burlar e desabilitar os sistemas de segurança.
  O rootkit normalmente é parte integrante de outros malwares e estratégias de ataque, como o ransomware e a Ameaça Persistente Avançada (APT). Sua função é evitar que essas ameaças sejam descobertas antes que consigam ter êxito em suas missões. A APT, por exemplo, pode permanecer durante dias, semanas, meses ou até anos oculto em um sistema, monitorando cada passo dado por terceiros e coletando informações privilegiadas.   Portanto, os rootkits podem ser projetados para os seguinte fins​:   
  • Criar backdoors para o sistema: a partir dessas portas, um hacker pode controlar remotamente o dispositivo atacado. Isso permite que ele ignore os mecanismos de autenticação, permitindo acesso não autorizado e, por exemplo, roubo ou falsificação de dados;
 
  • Malware: o rootkit pode ser projetado como um malware para roubar dados confidenciais, senhas, etc. Estes são os keyloggers e vírus mais comuns; 
 
  • Tornar o computador em uma rede zumbi: usar o computador ou a rede para outros ataques a outros dispositivos. Muitas vezes, o computador afetado é chamado de “computador zumbi”. Em princípio, qualquer dispositivo conectado à Internet pode ser transformado em zumbis.
  Como detectar um rootkit?   Detectar um rootkit é quase impossível, devido às particularidades que mencionamos anteriormente. Entretanto, os procedimentos mais comuns são:  
  • Métodos comportamentais: Compare padrões de comportamento prejudicial com o comportamento do sistema. Pode haver alterações nos tempos de utilização da CPU, tela azul ou mudança de configurações sem permissão. Alguns rootkits têm um impacto muito grande nessas mudanças, então esse método é um dos mais fáceis de executar, mas ao mesmo tempo fornece resultados mais inconsistentes;
 
  • Verificação de assinatura: Técnica usada por softwares antivírus para detectar malware. Códigos maliciosos extraídos por pesquisadores são adicionados ao banco de dados e o antivírus – escaneando o disco – procura as assinaturas conhecidas por ele (que estão no banco de dados). Portanto, a verificação de assinaturas só é eficaz para rootkits já marcados.
 
  • Comparação cruzada: Compara dados brutos e intactos com conteúdo potencialmente infectado. No entanto, alguns rootkits podem descobrir essa maneira de pesquisar e combinar os resultados da verificação, tornando-os impossíveis de detectar.
  Como se proteger dos rootkits   A proteção por meio de softwares atualizados é extremamente importante para se manter livre dos rootkits. Portanto, mantenha o sistema operacional sempre com a versão mais recente, não pule atualizações e, principalmente, opte por soluções robustas para a proteção da sua empresa   Além disso, siga também estas dicas:  
  • Evite acessar páginas suspeitas, não abra links inseguros e anexos de e-mails de remetentes desconhecidos;
 
  • Cuidado com programas gratuitos;
 
  • Não conceda acesso total ao seu dispositivo para todos os aplicativos que você instala;
 
  • Use um firewall, antivírus e scanners de rootkit;
 
  • Realize testes de segurança de tempos em tempos.
  Confie a segurança digital da sua empresa a quem possui estrutura e expertise para protegê-la. Entre em contato com os especialistas da VNX e marque uma reunião.

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