O ransomware é a grande tendência quando falamos de malware, pois tem sido o principal ataque utilizado pelos cibercriminosos nos últimos anos. No entanto, é importante conhecer e ficar atento a outros tipos de ataques que podem comprometer os dados da sua organização. Esse é o caso do Fileless Malware, também conhecido como Ameaça sem Arquivo.
O Fileless Malware é um tipo de ativo malicioso que não se instala em arquivos no sistema, tornando-se mais difícil de detectar e remover. Ele se infiltra diretamente na memória do sistema, dificultando que o usuário perceba a sua existência, pois não há um arquivo malicioso físico que possa ser analisado.
Esse tipo de malware geralmente se aproveita de vulnerabilidades em softwares legítimos já instalados, como navegadores da web ou aplicativos, para se infiltrar. O Fileless Malware pode se espalhar de forma rápida e silenciosa, garantindo acesso para o cibercriminoso de maneira remota.
Uma vez dentro do sistema, o Fileless Malware pode executar várias ações, como roubar informações pessoais, gravar o que o usuário está digitando, instalar outras formas de malware ou permitir o acesso remoto ao sistema.
Como o Fileless Malware age no sistema?
Os estágios de infecção do Fileless Malware podem variar dependendo do tipo específico do malware, mas geralmente envolvem algumas etapas em comum:
– Infecção inicial: o malware é capaz de explorar uma vulnerabilidade em um software legítimo ou um recurso do sistema. Normalmente isso acontece porque o software não está atualizado, permitindo que a ameaça descubra uma brecha;
– Criação de persistência: o malware cria um mecanismo para persistir na máquina, garantindo que ele seja executado sempre que o sistema for reiniciado.
– Execução de comando e controle (C2): o malware entra em contato com um servidor de comando e controle para receber instruções adicionais ou enviar informações do sistema comprometido, como por exemplo credenciais de acesso, informações bancárias e outros dados sensíveis
Em termos de áreas do dispositivo, o Fileless Malware pode atingir várias partes do sistema operacional, como a memória, os registros, scripts, serviços do Windows, navegadores da web, bancos de dados e outros aplicativos.
De acordo com a Microsoft, quando falamos da taxonomia do malware, ele pode ser categorizado da seguinte forma:
– Malware baseado em registro: usa entradas de registro do Windows para executar suas atividades maliciosas e pode ser difícil de detectar porque não deixa nenhum arquivo no disco rígido;
– Malware baseado em script: é escrito em scripts de sistema legítimos, como PowerShell ou VBScript, para executar atividades maliciosas sem deixar rastros;
– Malware baseado em injeção: injeta seu código diretamente na memória do sistema e, portanto, pode ser difícil de detectar usando técnicas de varredura de malware tradicionais que examinam apenas arquivos em disco.
– Malware baseado em macro: usa macros em documentos do Office para executar suas atividades maliciosas e pode ser entregue como um anexo de e-mail.
Como é possível perceber, o malware irá se valer das tecnologias de script disponíveis para executar seu ataque malicioso. Na etapa de persistência do sistema, que é quando ele se estabiliza para não ser facilmente retirado, o Filess Malware pode utilizar tecnologias como o PowerShell, JavaScript ou Visual Basic Script (VBS) para executar seu código.
Esses scripts podem ser armazenados em vários formatos, como arquivos de texto, documentos do Microsoft Office ou páginas da web. Alguns tipos de Fileless malware também podem usar DLLs (Dynamic Link Libraries) maliciosas, que são carregadas na memória do sistema sem deixar rastros no disco rígido.
Ameaça conjunta
Por ser uma ataque muito difícil de ser detectado, um Fileless Malware pode trabalhar junto com outras ameaças, sendo uma ponte para o cibercriminoso alcançar grandes resultados.
Como já mencionamos, esse malware pode ser acionado remotamente, caso seu scripts seja focado em um ataque desse tipo. Ao enviar informações de acesso e credenciais para o cibercriminoso, o hacker poderá desempenhar um ataque muito maior, acessando registros de bancos de dados e sistemas, roubando informações e até criptografando dados com ransomware.
Portanto, a ameaça sem arquivo pode garantir muita dor de cabeça para as organizações, principalmente por ser uma solução usada majoritariamente em ataques direcionados. Ou seja, se você não manter seus softwares e sistemas atualizados, é possível que você se torne vítima dessa situação.
Como se proteger do Fileless Malware?
Algumas medidas preventivas para evitar o Fileless Malware incluem manter seus softwares e sistemas operacionais atualizados, adotar boas práticas de segurança cibernética, como evitar clicar em links ou baixar softwares de fontes não confiáveis, e usar softwares de segurança robustos.
Como sempre falamos por aqui, prevenir também é essencial. Desta forma, evite sites que você não conhece, não clique em links enviados por SMS e WhatsApp que pareçam suspeitos e não baixe anexos de e-mails que você não conhece.
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